sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ronaldo no Corinthians

Imagem de Maurício Lima (AFP) publicada no Portal UOL


Um Parque São Jorge lotado de um "bando de loucos" acompanhou, pela manhã, a apresentação de Ronaldo com a camisa do Corinthians.

Desde que a contratação foi realizada, Ronaldo no Corinthians é a senhora das notícias. Não é por menos: Ele foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores atacantes da história: Entre muitos outros títulos, ele ganhou duas Copas do Mundo e foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA.

Aliado ao fato de ser a solução para o ataque do timão, a vinda do fenômeno, apelido que ganhou quando atuava no Barcelona, tem sido tratada como uma grande jogada de marketing que pode vir a sanar grande parte da dívida do clube.

Interessante. O corinthians contratou de uma só vez um dos maiores centro-avantes da história e uma das marcas mais conhecidas no mundo. Bela jogada, não?

Depende. Acredito que o marketing só existirá se um bom futebol, pelo menos condizente com a expectativa de torcedores e da diretoria, for mostrado em campo. Não que eu duvide do atleta. Longe disso, aliás. Mas ele já mostrou dificuldades em perder peso e, caso Ronaldo não entre com a determinação necessária no que ele mesmo está chamando da "luz no fim do túnel", os planos de marketing do timão vão por água abaixo, juntamente com o "2009 fenomenal".

Para a preocupação dos mais de 33 milhões de corintianos, o fenômeno não joga desde fevereiro desse ano, quando sofreu lesão no joelho, e não completa 7 partidas seguidas desde 2005.

Para alegria dessa grande nação e dos adimiradores do futebol, ele é um dos maiores exemplos de que se pode dar a volta por cima. Acredito e torço muito por isso.

O vídeo abaixo recusa maiores explicações.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Crônica sobre o Corinthians

Um ano antes do fatídico rebaixamento do Corinthians para a série B do campeonato brasileiro, escrevi uma crônica sobre a má situação do clube para a aula de teoria do jornalismo.
A idéia era relacionar algum fato recente, no caso eram as investigações feitas ao ex-presidente do clube, Alberto Dualib, com algo comum na sua vida ou na realidade de seu país.

A crônica chama-se "Salve a roubalheira", uma apologia ao hino do corinthians, que começa com a frase "Salve o Corinthians".

Salve a roubalheira!

Uma das notícias mais freqüentes dos jornais, não só dos esportivos, é a situação pela qual passa o Corinthians. É bem verdade que o clube nunca foi bom nas questões de organização e administração, muito pelo contrário. A grande maioria dos presidentes do clube causou polêmica, como o famoso Vicente Matheus, autor do épico termo “Faca de dois legumes”, e a roubalheira sempre rolou solta dentro do clube. Mas são notórias duas diferenças das administrações passadas para essa. A primeira é que antes, o clube era de grandíssima expressão nacional, sempre disputava títulos e encantava com sua fiel torcida. Hoje, o time luta para não fazer escalas nas divisões de acesso do país. E a segunda é que nunca o setor administrativo tinha roubado tão descaradamente quanto nesse período de parceria com a MSI.

Noto uma semelhança enorme da situação do clube com a situação atual do Brasil. Veja: Um governo taxado de corrupto e incompetente, que já passou, e ainda passa, por inúmeras investigações, em que seus membros, mesmo com muitas acusações e provas de corrupção, negam-se a renunciar de seus cargos, e que tem sua base formada, prioritariamente, no povo. Tudo bem que os problemas do nosso país são enorme extensão, e que não se pode, jamais, compará-lo com um clube de futebol, mas é inegável que as situações são parecidas. Além disso, alguns acontecimentos fazem com que seja possível não só comparar, mas até relacionar essas duas dimensões.
Sabe-se que nosso presidente Lula é um corintiano militante, e diversas reuniões entre o próprio e o presidente do clube aconteceram. (Não é que o Dualib, depois de roubar tanto, foi choramingar dinheiro para construir um estádio). E, na última semana, foi divulgado que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, tinha ligações próximas com o representante da MSI no Brasil, Kia Jorabichian.
Tanto Corinthians, como o Brasil, tem porte, condições e apoio o suficiente para serem de primeira linha, mas, seus governos conseguem acabar com essa expectativa devido à corrupção. É por isso que eu digo: Salve a roubalheira, a campeã das campeãs!!

Reportagem sobre Badminton

No primeiro semestre desse ano, fiz uma matéria sobre um esporte pouco conhecido nacionalmente: o Badminton.
Ela foi realizada para ser publicada no jornal Barão Notícias, um periódico feito por nós, alunos da Facamp.
Procurei falar um pouco sobre como é o esporte e, através entrevistas com o técnico da seleção, Luiz Fernando Coutinho, e alguns jogadores, tentei fazer um panorâma do futuro do esporte no país.

BADMINTON: Tênis com petecas


No país do futebol, são poucos os que já ouviram falar de badminton. Campinas é o principal pólo desse esporte, que é muito similar ao tênis, no Brasil. Isso se deve ao fato de a cidade ter abrigado a primeira equipe da modalidade e onde o esporte ganhou tradição. A cidade também abriga o centro de treinamento da Seleção Brasileira, fundado em 2006 e mantido pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Para reforçar a posição da cidade, mais de 70% dos atletas da seleção são da cidade, onde também vivem o técnico e o presidente da Confederação Brasileira de Badminton (CBD).

Fernando Bosco, 18 anos, pratica o esporte desde o final de 2002 e foi chamado para integrar a seleção em 2006. “Eu jogava tênis antes, mas era um esporte muito popular e, por isso, mais caro para participar de torneios. Surgiu a oportunidade do badminton, um esporte também de raquetes, mas muito mais barato e rápido que o tênis”, afirma Bosco. Segundo ele, a infra-estrutura oferecida para que os atletas da seleção se preparem, tanto física como tecnicamente, pode ser considerada de boa qualidade. “O apoio à seleção e aos atletas tornou-se muito maior, os patrocínios são mais freqüentes e nós temos um centro de treinamento bem aparelhado aqui em Campinas, que fazem com que a infra-estrutura seja considerada muito boa.”

Luis Fernando Cereda, jogador da seleção desde 2005, também acredita na evolução do esporte no Brasil e é otimista quanto às possibilidades de classificação nos jogos olímpicos de 2012, em Londres. “É nosso principal objetivo e estamos trabalhando justamente para ter a vaga, algo que nunca conseguimos antes. Com muito trabalho e suando a camisa, creio que as chances são grandes”.

A história do badminton no Brasil é muito recente. O esporte chegou aqui em 1986, trazido pelo indonésio Boujung Witarsa, que o implementou na Escola Americana de Campinas. O divertido jogo de raquetes e peteca chamou a atenção do empresário Ricardo Araújo, que, depois de ir para a Europa se especializar na modalidade, levou-a para a Sociedade Hípica de Campinas, um dos clubes mais tradicionais da região. Lá, o esporte passou a ser praticado eventualmente e não tardou para que fosse difundido para outros clubes e logo se espalhasse por outros estados.

O esporte surgiu em 1870, na Índia, com o nome de poona. Militares ingleses gostaram de praticá-lo e o levaram para a terra da rainha. A partir daí, a modalidade foi ganhando espaço sobretudo entre a elite, teve o nome mudado para Badminton e, em 1934, ganhou Federação Internacional (IBF). A Federação foi fundada com nove membros e, atualmente, conta com 130 países. O esporte integra os jogos olímpicos desde 1992, quando estreou nos jogos de Barcelona.

O badminton é jogado em duplas ou individualmente. Os principais equipamentos são uma raquete de cabo longo feita de grafite, com peso de 85 a 115 gramas, e uma peteca de dezesseis penas. O esporte é muito similar ao tênis. O objetivo é jogar a peteca para o lado do adversário, de modo que ela caia dentro da quadra, cujas medidas são de 6,1 por 13,4 metros para jogos de duplas e de 5,18 por 13,4 metros para jogos simples. Vence o set quem fizer um determinado teto de pontos primeiro – 15 par os homens e 11 para as mulheres.

A ascensão do esporte no âmbito nacional é evidente. Segundo o assessor de imprensa da CBD, Hilton Fernando, desde que a modalidade foi integrada ao jogos olímpicos, os cartolas passaram a vê-la com mais atenção. Mas só de alguns anos para cá é que foram dadas as condições necessárias para que os atletas brasileiros participassem de campeonatos internacionais sem “passar vergonha”, como diz Hilton. “Os atletas antes faziam viagens de turismo, não iam para realmente disputar o campeonato”, diz. O técnico da seleção brasileira, Luís Fernando Coutinho, credita a recente ascensão do esporte à medalha inédita conquistada nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. “A medalha chamou a atenção da mídia e a aparição dos atletas para dar entrevistas e mostrar o esporte fez com que ele se tornasse mais conhecido”, disse Luís Fernando.

O treinador, contudo, admite que há muito fazer para melhorar a posição brasileira no âmbito mundial. “O Brasil ainda está engatinhando”, diz. Segundo ele, o esporte é muito tradicional na Ásia, principalmente China e Indonésia, onde existe infra-estrutura para que haja uma boa formação de atletas. “Nesses países todas as escolas têm quadras de badminton e o acesso é muito mais fácil. No Brasil isso ainda não acontece”, diz Luís Fernando. Segundo ele, nós já estamos bem situados nas Américas, mas mundialmente falando, estamos muito no começo.

Depois da conquista da medalha no Pan, o principal objetivo agora é uma classificação para os jogos olímpicos de 2012, já que não foi possível disputar os de Pequim. O Brasil disputava a vaga olímpica com apenas um atleta, Guilherme Pardo. O técnico da seleção creditou a perda da vaga à geração da qual o atleta vinha. Para ele, Pardo vinha de uma geração em que o esporte ainda não era tão profissional e não existia uma cultura de treinos forte. Luís Fernando se mostrou bastante confiante na nova safra de atletas brasileiros e acredita com uma possível classificação para os jogos de 2012. Para ele, essa geração é muito jovem e forte, e o fato de hoje os treinamentos serem muito mais freqüentes e eficientes do que antes deve ajudar no desenvolvimento dos atletas. Além disso, a seleção está em busca de um aprimoramento da parte física com a ajuda de profissionais da área de educação física.

Mas, para conseguir firmar essa ascensão e colher os frutos do crescimento, o esporte ainda precisa vencer a barreira da popularização. O acesso aos jogadores ainda é muito restrito, pois o badminton é jogndo, quase que exclusivamente, em clubes. Isso faz com que haja uma seleção muito restritiva de atletas, que são, em sua grande maioria, de classe média-alta. “Esse é um problema para o país, mas creio que novos espaços serão abertos”, afirma Luís Fernando. Ele ainda disse que existem alguns projetos de popularização do esporte em andamento. “No Rio de Janeiro tem um projeto na favela da Chacrinha, onde foi construído um prédio no meio da favela só para badminton” disse o técnico da seleção.

Só um milagre tira o título do Morumbi

Antes de mais nada, parabéns ao São Paulo. Apesar do começo ruim de temporada, o time mostrou que é o melhor do Brasil. Não acredito que eles tenham o melhor elenco, mas a adminitração desse time é de causar inveja em muitos grandes europeus.

O setor de marketing, a ala médica, o gerenciamento de futebol todos são de padrão mundial, e eu acredito que esse é o ponto forte desse time. Além de ter Muricy Ramalho, retranqueiro, mas que chega em todas, como treinador.



Depois da vitória por 2x1 sobre o desesperado Vasco, em São Januário, o tricolor paulista ainda contou com um tropeço com T maiúsculo do Grêmio contra o Vitória, em Salvador.

Com isso, o São Paulo soma agora 71 ponto, cinco a mais que o tricolor gaúcho. São mais duas rodadas e seis pontos em disputa. Caso o líder vença uma das duas, ou empate ambas, leva o inédito tri-campeonato. Só um belo de um milagre para levar a taça para o sul.

O Hexa deve vir no próximo domingo, contra o Fluminense, no Morumbi. Sou contra essa hegemonia, mas, nesse tipo de campeonato, o mais organizado e constante ganha, sempre. Que sirva de exemplo para os outros clubes.




Assista os Gols da partida entre São Paulo e Vasco, realizada no domingo passado:

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Reta final impressionante/emocionante

Restam quatro rodadas para o fim do que podemos chamar de o campeonato brasileiro na forma de pontos corridos mais emocionante e disputado. Diferentemente das competições anteriores, a de 2008 deve ser decidida na última rodada.

Em 2003, ano em que essa forma de disputa foi adotada, o cruzeiro, brilhante time de Luxemburgo, foi campeão com mais de 100 pontos ganhos. Era ponto pra dar e vender.

Em 2004, foi um pouco mais disputado, com o Atlético Paranaense deixando escpar um título praticamente certo. A taça ficou com o Santos de Robinho e Diego.

O do no seguinte ficou marcado pela corrupção do árbitro Edílson Pereira de Carvalho. O título do Corinthians, na época financiado pelo grupo de investidores MSI, ficou manchado de erros de arbitragem e outras polêmicas.

No ano de 2006, começou a hegemonia São Paulina. É, sem sombra de dúvidas, um time com um modelo de adminitração que deveria servir de modelo para todos os times do país. Mesmo que não pareça, esses detalhes fazem, e muita, diferença em campo. Ganharam o campeonato sobrando, tendo, ainda, disputado toda a copa libertadores (perderam na final para o Internacional).

2007, São Paulo de novo. Campeão com a mesma competência do ano anterior. Matematicamente a três rodadas do fim. Teoricamente, desde o fim do primeiro turno.

Chegamos, enfim, a 2008. Que campeonato estamos assistindo. Ninguém é fraco. Nem o laterna Ipatinga deixa tanto a desejar. Os pernambucanos estão longe de ser os saco de pancadas de antes. Os grandes sofrem para vencer e lutam para fugir do rebaixamento. Não dá para prever nada.


O São Paulo, mais uma vez, aponta como favorito. Mas estou longe de acreditar em previsões matemáticas. A um mês, todos descartavam sua participação entre os três primeiros. Tem dois pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Grêmio, e quatro sobre o terceiro, o Palmeiras, praticamente fora da briga. Na minha opinião, um tropeço do São Paulo deve acontecer, mas o ataque do Grêmio, que tem um caminho menos complicado que o do lídeor, não é dos mais confiáveis. Acredito que o título vá ser decidido na última rodada.

Lá embaixo a briga é melhor ainda. A situação é das mias confusas. O Santos, décimo terceiro na tabela, pode voltar para a zona de rebaixamento na próxima rodada. Os outros grandes na disputa, Atlético pr., Fluminense, Vasco e Fluminense correm sérios riscos. Ipatinga e Figueira dificilmente escapam.

Prefiro parar com as apostas e continuar assistindo esse grande campeonato.

Clique para ver a tabela atualizada do brasileirão no UOL.
TABELA DO CAMPEONATO